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Como esses 5 recursos te levarão à riqueza pessoal

É comum associar a riqueza ao acúmulo de dinheiro. Não que isto esteja errado, mas, de uma forma crescente as pessoas quando são perguntadas sobre o que é ser rico ou ter riqueza pessoal, as respostas tem sido variadas.

Uma percepção cada vez mais comum é que a riqueza pessoal está intimamente relacionada ao resultado das atitudes, dos hábitos, da disciplina, ou em outras palavras, é consequência do estilo de vida de cada um.

Nesse sentido, foi feita uma pesquisa muito interessante pela Universidade de Harvard, e que foi relatada por Robert Waldinger, em um TED que vale se assistido.

É bem verdade que para alcançar a riqueza certamente são necessárias bons hábitos financeiros, mas o que se tem observado é que além da gestão eficiente do dinheiro, há outros aspectos tão importantes quanto o dinheiro e outras áreas da vida que precisam ser gerenciadas de forma igualmente eficiente.  

Como será isso?

Riqueza: uma visão além das finanças

Desde o Brasil-Inflacionário, período em que vivemos uma inflação galopante onde o dinheiro de um dia não comprava o mesmo produto no dia seguinte.

Para o Brasil-Consumista, onde começou a sobrar dinheiro para a população e o Governo fundou suas políticas econômicas no incentivo ao consumo, o brasileiro vive às voltas com a difícil tarefa de organizar suas finanças.

Como resultado, é preciso fazer o dinheiro esticar até o fim do mês e, além disso, tentar realizar os sonhos.

Quando falamos em finanças pessoais, logo remetemos a ideia de gerenciar dinheiro. 

E, nesse sentido, a lição mais básica, cantada em versos e prosas pelos diversos profissionais do dinheiro é: gaste menos do que você ganha.

Em outras palavras, devemos aumentar nossas receitas e diminuir nossas despesas.

Para tanto, é dito que basta diminuirmos a quantidade de cafezinhos que tomamos ao longo dos dias, por exemplo, ou ao deixar de sair para beber com os amigos nos finais de semanas, guardando o dinheiro que gastaríamos.

Parece ser uma lógica fácil, muito parecida como regime para perder peso e ter a silhueta desejada.

Mas, passado algum tempo, vamos perdendo a disposição inicial e voltamos a comer como antes ou perdemos o controle das finanças.

Por que será que isso acontece?

Metáfora do equilibrista

Na mesma linha podemos comparar a tarefa de gerenciar o dinheiro com a atividade de um equilibrista, que o coloca os pratos sobre uma vareta e fica girando-o para evitar que estes caiam.

Sua tarefa seria relativamente fácil se ele tivesse apenas um prato, pois, com prática ele o manteria girando.

Mas, a graça do número do equilibrista de pratos é ter que manter vários pratos girando ao mesmo tempo, equilibrados, sem deixá-los cair.

Na prática vemos o equilibrista de um lado para o outro, correndo para fazer os pratos continuarem girando simultaneamente.

Você já pensou que em finanças pessoais não temos apenas um prato – o dinheiro – mas, vários pratos girando ao mesmo tempo? E o número de equilíbrio só vai estar completo se conseguirmos manter os vários pratos girando juntos?

Acima de tudo, precisamos fazer com que os pratos continuem girando, uns com maior rapidez e outros mais lentamente, mas, sempre girando.

Um dos pratos a serem girados é o dinheiro, porém não basta ter em foco apenas no dinheiro, por exemplo, porque temos que manter outros pratos girando.

Certamente o dinheiro é importante, mas ele é apenas um dos recursos que devemos administrar.

Assim, vamos falar de outros recursos necessários para alcançar a riqueza pessoal:

  • Dinheiro;
  • Saúde
  • Conhecimento;
  • Tempo;
  • Emoção.

Está disposto a conhecê-los?

Dinheiro é a única resposta?

Claro que não! Tenho certeza de que David Rockefeller teria trocado alguns milhões por um pouco mais de tempo de vida ou um pouco mais de saúde.

Uma pessoa rica deve ter muito mais do que apenas dinheiro (bens materiais).

Partindo da ideia de que tudo é recurso, inclusive o dinheiro.

Devemos nos preocupar com outros aspectos que são tão importantes quanto ele.

O que são recursos?

Levando-se em consideração a etimologia da palavra.

Ou seja, o estudo da origem da palavra recurso encontramos nos dicionários as definições como: “meio para atingir um fim, expediente”, “meios humanos e/ou materiais”, “capacidades” e “meios de riqueza, bens, haveres”.

Sendo assim, tudo aquilo que buscamos no dia a dia em nossas relações, familiares, estudantis e profissionais, por exemplo, de uma forma ou de outra visa juntarmos recursos , como meio para termos riqueza pessoal.

Existem muitas coisas que podem ser classificadas como recursos e para facilitar o entendimento sobre a boa gestão deles dividimos estes recursos em 5 tipos.

Algumas vezes é preciso dar mais importância a um deles.

A mágica é que um recurso ajuda e serve de apoio para você melhorar o outro.

Os recursos têm uma interdependência.

E precisamos melhorar todos eles para ter equilíbrio na vida e gerar riqueza pessoal.

E quais são os 5 grandes recursos?

Dinheiro

O dinheiro é um meio de troca entre as coisas materiais e um fator de geração de riqueza. Não é a riqueza em si mesmo.

Ele é importante, pois sem dinheiro morremos de fome na rua a não ser que alguém fiquei comovido com nossa situação e resolva nos ajudar.

Mas, nesse caso não resolveremos nosso falta de condições materiais sozinhos, dependeremos da ajuda de um terceiro.

Ainda, o mesmo raciocínio vale para quando criamos uma rotina de gastar mais do que ganhamos. Logo, ficaremos com uma dívida que provavelmente não conseguiremos pagar sozinhos.

Nesse caso, ou aumentamos nossa condição de receita, com ganhos suficientes para juntar o dinheiro necessário para quitar a dívida ou teremos que contar com a ajuda de um familiar ou amigo, ou, na pior das hipóteses teremos que lançar mão de um empréstimo bancário.

Ficando presos ao banco até que quitemos nossa dívida com ele.

Portanto, o dinheiro compra a liberdade pessoal, para quem sabe usá-lo.

Como resultado de ter dinheiro podemos comprar conhecimento, contratar uma pessoa para fazer algo em nosso lugar para nos sobrar mais tempo, ou ainda pagar o plano de saúde, a academia, os alimentos e, porque não, flores para a pessoa amada.

Saúde

Se não há saúde, então não há vida.

A saúde também é um recurso, pois se uma pessoa tem um monte de dinheiro, mas não tem saúde ela vai ser a pessoa mais rica do cemitério.

E como caixão não tem gaveta, se a saúde acabar e a pessoa for embora, não vai levar nada.

Olhando a etimologia da palavra saúde, sem entrar em uma discussão muito aprofundada, vê-se que ela é uma qualidade dos seres intactos, indenes, com inteireza, totalidade e integridade.

Em outras palavras, saúde indica solidez, firmeza, força. 

Isso quer dizer que saúde não está relacionada apenas a integridade física, mas à sua totalidade (físico, mente e emoção).

Quem não se lembra do famoso ditado latino: “Mens sana in corpore sano” (Mente sã em um corpo são).

Ditado grego

Ter saúde certamente vai bem além de curar um resfriado ou dor de cabeça. Acima de tudo, também é um fator de riqueza.

Por esta razão, uma boa saúde nos ajuda a buscar aquilo que queremos e a correr atrás dos nossos sonhos.

Tem um ditado que diz que se não tivermos tempo para cuidar da saúde, teremos que arruma-lo quando ficarmos doentes.

Também se diz por ai que aquele que gasta toda sua saúde correndo atrás de dinheiro.

Consequentemente vai gastar o dinheiro para cuidar da saúde.

Por outro lado, uma pessoa saudável consegue aproveitar melhor sua vida, usar melhor seu tempo e o dinheiro.

A cada dia está sendo comprovado que a qualidade de vida tem impacto direto na produtividade e na capacidade de gerar riqueza pessoal.

Conhecimento

O átomo (a menor parte) da nossa vida são os eventos, os que permitem escolhas e os que não.

Por conhecimento queremos dizer aquilo que sabemos, nossa inteligência, e a capacidade de entender problemas e, consequentemente, de fazer boas avaliações.

Fazendo boas avaliações, tomamos boas decisões quando temos escolhas e com boas escolhas é que nossa vida vai para frente (avança).

Assim, devemos focar no processo decisório, pois, decidindo mudamos nossa vida.

Para que uma boa decisão seja tomada é necessário, além de outras coisas de mesma importância, a razão.

Razão é conhecimento na forma de sabedoria, bom senso, experiência, humor, inteligência e informação.

Também é conhecimento a capacidade de se comunicar.

E conhecimento vale tanto quanto dinheiro quando se busca a riqueza.

Não adianta termos dinheiro se não tivermos conhecimento uma vez que se não tomarmos boas decisões ele vai embora.

Aliás, é comum ao fazermos um planejamento financeiro nos valermos da relação Receitas x Despesas, ou seja, ter o foco na analise do quando ganhamos e o quanto gastamos.

Normalmente, para equilibrar esta equação financeira, procuramos ir cortando os gastos supérfluos, uma vez que não são essenciais.

É comum ouvirmos sugestões como “se você toma 3 cafezinhos por dia, passe a tomar só um e você economizará o dinheiro dos outros 2”. E assim vamos cortando, mesmo que seja algo que gostamos muito.

Mas, chega um momento em que encontramos um limite no corte dos gastos, daí concluímos que teremos que mexer com a outra variável: o ganho (receita).

Porém, como fazer para aumentar o ganho?

Simples: a nossa hora de trabalho/produção precisa valer mais, precisa ter uma valor agregado maior. E sabe como isso é possível?

Somente com capacitação.

Antes de tudo, precisamos nos capacitar, aumentar as nossas habilidades e competências e isso só possível com a aquisição de conhecimento integral (teórico e prático).

Por esta razão, quando a sua empresa disponibiliza um curso ou uma palestra você não deveria ver isso como uma chateação do chefe, mas, como uma possibilidade de sua hora de trabalho valer mais e consequentemente ganhar mais.

Logo, conhecimento também é dinheiro em outra perspectiva. Já tinha pensado nisso?

Em suma, agregar conhecimento é uma das formas mais genuínas de aumento de riqueza pessoal.

Tempo

O tempo é um recurso escasso, sendo o único que só diminui.

De todos os recursos ele é o único que só tem uma direção. Dinheiro e saúde nós podemos perder e recuperar, no entanto, o tempo é o único que não volta atrás. E como dizia o Cazuza “o tempo não para”.

Se não soubermos gerenciar o pouco tempo que temos para tantas coisas pode ser que sobre dinheiro, mas, será de pouca utilidade.

É dito que “tempo é dinheiro” (Time is Money).

ditado

Temos que ter tempo para vender para o chefe e ganhar dinheiro; temos que ter tempo para a saúde; temos que achar uma hora para estudar e temos que curtir a vida com quem amamos, porque a vida é uma só e temos que aproveitar.

É incrível que mesmo com tanta tecnologia e automação – em que alguns caso o computador ou alguma máquina até faz nosso trabalho – escutamos cada vez mais pessoas dizendo que não tem tempo ou que o tempo está cada vez menor.

O problema está na quantidade de tempo ou qualidade da sua utilização?

É preciso aprender a gerenciar e aproveitar o melhor o seu tempo. Ele, talvez, seja a sua maior riqueza.

Emoção

O que diferencia o ser vivo de um ser inanimado?

Há um conjunto de processos – físicos e químicos – determinando que algo está vivo.

Por que quando tudo está bem em nossa vida material, mas, enfrentamos um problema emocional, parece que as coisas deixam de ter graça?

O que nos faz “pular” da cama? O que nos dá força para seguirmos em frente, mesmo que as chances pareçam não ser muito boas ou quando estamos exaustos?

Como dito acima, somos resultados das nossas decisões que, por sua vez, é resultado da equação Razão x Emoção.

E não se iluda, em eventos que demandam uma decisão importante tem-se concluído que as emoções têm relevância ainda maior do que a razão.

Então é preciso aprender a lidar com as nossas emoções.

Zeneconomics e os 5 Recursos

Em resumo, a ideia deste artigo é começar ampliar a sua visão sobre o que é riqueza pessoal e como é importante gerenciar recursos e não só dinheiro para ser rico.

O Zeneconomics nasceu do desejo de criarmos um ecossistema que ajude as pessoas a terem uma vida melhor a partir do gerenciamento equilibrado dos 5 recursos.

Engrossamos as fileiras daqueles que creem no aprendizado como força transformadora e na convicção de que o futuro de um país passa necessariamente por uma educação capaz de formar seres humanos éticos e compromissados.

Com a evolução sustentável de todos os recursos inerentes aos seres humanos: dinheiro, conhecimento, tempo, saúde e emoção.

Acreditamos no aprendizado que valoriza o conhecimento integral (teoria e prática), não se esgotando na relação unilateral professor/transmissor e aluno/receptor limitada à sala de aula.

Cada vez mais, com o advento de novas tecnologias, a educação torna-se global e ilimitada.

E, acima de tudo, apoiada em ferramentas e aplicativos que possam sustentar o aprendizado.

Em outros artigos vamos estudar o gerenciamento dos 5 recursos de forma sistêmica e equilibrada, identificando que há intima relação entre eles, podendo-se estabelecer um ciclo evolutivo em que a boa gestão de um seja a força motriz do crescimento do outro.

Finalmente é preciso dizer que todos buscamos o equilíbrio e alcançá-lo é a verdadeira riqueza pessoal.

Contudo, esse equilíbrio não é estático, ele é dinâmico, dependendo da realidade de cada indivíduo. A ferramenta capaz de gerir este equilíbrio dinâmico é o Balanceamento dos Recursos.

Ensinar este método será a nossa missão.

Por esta razão é que o conceito não é Zenfinanças, mas Zeneconomia.

Pois, economia significa cuidar da própria casa e não somente do dinheiro.

Luiz Fernando Roxo

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