Fundos de investimento são produtos financeiros cuja característica é a diversidade, custos variados, composições diversas, aplicações iniciais partindo de uma grande gama de valores.
São produtos extremamente populares hoje e representam um volume grande do mercado.
Um fundo de investimento, uma empresa de gestão, devidamente autorizada e controlada, recebe recursos de inúmeras pessoas, físicas ou jurídicas, e utiliza estes recursos aplicando em distintas classes de investimento, procurando auferir lucros e distribuir estes lucros entre cotistas.
Por meio da distribuição de cotas, então, um fundo de investimento recebe recursos, as cotas são calculadas dia a dia e divulgadas ao investidor.
A cota varia de preço na medida em que um fundo se comporta em seu patrimônio neto, total.
Os tipos de fundos de investimento são muitos, neste texto você vai conhecer todos os tipos, suas particularidades e como investir e acompanhar.
Eles apresentam oportunidades de rendimento para os investidores, por isso é importante entender bem e conhecê-los.
Onde conseguir informações detalhadas dos fundos de investimento?
Para conseguir informações em detalhes sobre todos os fundos que operam no Brasil, você pode acessar a central de sistemas da Comissão de Valores Mobiliários.
Poderá saber inclusive como está a divisão do patrimônio líquido de cada um deles, com gráficos e detalhes do financeiro.
- Leia mais sobre a regulamentação.
Você também poderá ter uma ideia mais clara da política de investimentos de cada um dos gestores.
Vai conseguir ver até o gráfico em forma de pizza da alocação do patrimônio de cada fundo.
De acordo com a Comissão de Valores Mobiliários, fundo de investimento é uma modalidade de investimento coletivo.
Existem diversos tipos de fundo de investimento e cada tipo tem a sua característica e suas especificações.
Existe os fundos de investimento registrados na CVM e regidos pela instrução CVM 555, que substituiu a norma CVM 409.
São eles: os fundos de renda fixa, fundos de ações e os fundos multimercado.
Também existem os chamados de fundos de investimento estruturados, que seguem as instruções CVM 356, 398, 444, 472, 578, 579, dependendo da característica e das especificações.
Afinal, os tipos de fundos de investimento estruturados são muitos, por exemplo:
- fundos de investimento imobiliário, fundos de investimento em direitos creditórios, fundos de investimento em participações, fundos de investimento na indústria cinematográfica nacional, etc.
Os fundos de investimento mais conhecidos.
Os fundos de investimento mais conhecidos são:
- fundos de renda fixa, fundos de ações, fundos multimercado, fundos de investimento imobiliário, fundos de investimento em cotas, fundos de curto prazo, fundos referenciados, fundos cambiais.
Para saber mais, eu tenho diversos artigos que você também pode consultar:
- O QUE SÃO FUNDOS ATIVOS E O QUE SÃO FUNDOS PASSIVOS?
- FUNDOS MULTIMERCADO: ENTENDA
- FII: FUNDOS IMOBILIÁRIOS: SAIBA MAIS
Fundos de renda fixa.
Os fundos de renda fixa devem possuir no mínimo 80% de ativos relacionados à renda fixa.
São aqueles que tenham como principal fator de risco a variação da taxa de juros, de índice de preço, assim como de ambos.
De modo geral, é vedada a cobrança de taxa de performance.
Podem utilizar derivativos, entretanto apenas para proteção de carteira.
Tenho outros textos para você, que podem complementar o seu estudo:
Como são os fundos de investimento em ações?
Um fundo de ações, enfim, está composto por ativos da classe de ativos conhecida como renda variável.
De acordo com as regulamentações, ele deve possuir um mínimo de 67% do seu patrimônio em ativos da renda variável, tais como:
- ações admitidas à negociação em mercado organizado;
- bônus ou recibos de subscrição e certificados de depósito de ações admitidas à negociação;
- cotas de fundos de ações e cotas dos fundos de índice de ações;
- Brazilian Depositary Receipts classificados como nível II e III.
- os recursos excedentes da carteira podem ser aplicados em quaisquer outras modalidades de ativos financeiros.
Existe um limite de concentração previsto, sendo assim, um fundo desse tipo não pode ter mais de 20% do patrimônio líquido alocado em ativos de um mesmo emissor autorizado pelo Banco Central do Brasil.
Também não poderá ter mais de 10% de ativos de um mesmo emissor, quando este seja uma companhia aberta.
Os recursos excedentes podem ser alocados em qualquer das outras modalidades de ativos financeiros, dessa forma obedece restrições quando o emissor seja o mesmo administrador do fundo, ou que lhe seja coligado.
Agora que você já conhece um fundo de ações em detalhes, vou passar ao detalhamento dos outros tipos dentro dos fundos mais conhecidos.
Fundos multimercado.
São fundos que permitem aos seus gestores uma liberdade grande de políticas de investimento, composições diversas e, assim, características igualmente bastante próprias.
Primeiramente, os fundos de investimento multimercado englobam políticas de investimento com vários fatores de risco e não possuem restrições quanto à concentração.
No entanto, em alguns casos especiais, fundos concentrados em crédito privado devem agregar essa informação à sua definição.
Fundos de investimento imobiliário.
Fundos imobiliários, têm o objetivo de acumular rendimentos provenientes do mercado imobiliário e distribuir esses rendimentos entre os cotistas.
Em primeiro lugar, existem dois tipos de fundos imobiliários:
- fundos de tijolo,
- e fundos de papéis.
Os fundos imobiliários são chamados igualmente de FII’s.
O que significa: Fundos de Investimento Imobiliário.
Eles têm se popularizado muito nos últimos tempos, portanto a sua procura se tornou enorme.
Conforme a ANBIMA (Associação Brasileira das Entidades dos Mercados Financeiro e de Capitais) os fundos imobiliários atingiram 1 milhão de cotistas no primeiro semestre de 2019.
Em 1993 foi criada a Lei 8668/93, ela prevê e regulamenta o funcionamento dos FII’s no Brasil.
Basicamente, um fundo imobiliário é como um condomínio fechado, portanto não há resgates de cotas, mas você pode vendê-las no chamado mercado secundário.
A Lei 11.033, do ano 2004 deu isenção de imposto de renda a diversos investimentos entre eles os Certificados de Recebíveis Imobiliários, as Letras de Crédito Imobiliário, etc…
Já a Lei 11.196, de 2005, deixou os fundos imobiliários isentos de imposto de renda para pessoa física também, desde que o cotista não represente, sozinho, mais de 10% do fundo e que o fundo tenha no mínimo 50 cotistas.
Obrigatoriamente precisam estar inscritos na Bolsa de Valores e ser devidamente regulados pelas comissões.
A distribuição de 95% do resultado do mesmo modo é obrigatória e semestral.
O ganho com os rendimentos do fundo está isento de imposto de renda, entretanto, se você vender a sua cota no que chamamos de mercado secundário, terá de ajustar contas com a receita federal sobre o ganho proveniente da venda da cota.
Fundos de investimento em cotas.
Os fundos de investimento em cotas de fundos, como o nome diz, tem por obrigação manter um mínimo de 95% do seu patrimônio em cotas de fundo de investimento de uma mesma classe.
São conhecidos pela sigla: FIC.
Existe, também, fundo de investimento em cotas de fundo classificados como multimercado, estes podem investir em cotas de fundos de distintas classes.
Nestes tipos de fundos, as taxas de administração são relacionadas com as taxas de administração dos fundos emissores das cotas.
Quando um fundo dessa natureza possuir mais de 95% do patrimônio em cotas de um único fundo, o administrador, o gestor e o consultor poderão até receber remuneração, benefícios ou vantagens de parte do emissor.
Os restantes 5% do patrimônio, nestes casos, podem ser mantidos em depósitos à vista, ou aplicados em:
- títulos públicos federais;
- títulos de renda fixa de emissão de instituições financeiras;
- operações compromissadas;
- cotas de fundos de índice que reflita a renda fixa;
- cotas de fundo de renda fixa cujo referencial seja a SELIC ou o CDI.
Fundos do tipo FIC não podem comprar cotas de:
- Fundos de Investimento em Participações;
- Em Cotas de Fundos de Investimento em Participações;
- Fundos de Investimento em Direitos Creditórios no Âmbito do Programa de Incentivo à Implementação de Projetos de Interesse Social;
- Da Indústria Cinematográfica Nacional;
- Fundos Mútuos de Privatização – FGTS e FGTS Carteira Livre;
- Em Empresas Emergentes;
- Fundos Mútuos de Investimento em Empresas Emergentes – Capital Estrangeiro;
- De Conversão;
- Fundos de Privatização – Capital Estrangeiro;
- Mútuos de Ações Incentivadas;
- Fundos de Investimento Cultural e Artístico;
- Em Empresas Emergentes Inovadoras;
- Fundos de Investimento em Direitos Creditórios Não-Padronizados;
- Em Direitos Creditórios;
- Cotas de Fundos de Investimento em Direitos Creditórios; e
- Fundos de Investimento Imobiliário.
Existe exceções aos FIC “multimercado” e “renda fixa”, que dessa forma podem comprar cotas de fundos imobiliários com até 20% do seu patrimônio, bem como cotas de fundos de direitos creditórios e outros.
Eles podem investir um percentual máximo pré-estabelecido em fundos no exterior.
Fundos de curto prazo.
São fundos de renda fixa, entretanto com características especiais.
Eles aplicam exclusivamente em:
- títulos públicos federais ou privados pré-fixados ou indexados à taxa SELIC ou a outra taxa de juros, ou títulos indexados à índices de preços, com prazo máximo a decorrer de 375 (trezentos e setenta e cinco) dias, e prazo médio da carteira do fundo inferior a 60 (sessenta) dias;
- títulos privados com essas mesmas características e considerados de baixo risco.
- cotas de fundos de índice que apliquem nos títulos que atendam as características mencionadas acima e que agreguem à sua definição o referencial.
- operações compromissadas lastreadas em títulos públicos federais;
- e utilizam derivativos somente para proteção da carteira (hedge).
Fundos referenciados.
Sãos os fundos de renda fixa cuja política de investimento assegura que ao menos 95% (noventa e cinco por cento) do seu patrimônio líquido esteja investido em ativos que acompanham, direta ou indiretamente, determinado índice de referência.
Eles devem incluir no seu nome a expressão “referenciado” seguida do referencial em questão.
Eles possuem, então, como regras:
- ter 80% do seu patrimônio em títulos da dívida pública federal, ativos da renda fixa considerados de baixo risco de crédito, ou cotas de fundos de índice que atendam a essas mesmas exigências.
Fundos cambiais.
Eles devem ter como principal fator de risco a variação de moeda estrangeira, ou de cupom cambial.
Dessa forma, devem ter no mínimo 80% de ativos ligados ao risco cambial.
Também podem ter à sua definição, agregada a expressão multimercado.
Questões importantes antes de investir.
Antes de investir em fundos de investimento, porém, a própria Comissão de Valores Mobiliários nos deixa a orientação de procurar responder algumas indagações importantes.
Acompanhe, a seguir:
- Qual é a classe do fundo e qual a política de investimento?
- Qual é a taxa de administração? Existem outras taxas? Quais?
- O valor das taxas é compatível com a classe e com as políticas de investimento?
- Existe no mercado outros fundos semelhantes que oferecem taxas mais baixas?
- Qual foi o desempenho até o momento?
- Que ativos compõem a carteira?
- O fundo adota estratégias mais arriscadas que podem resultar em perdas significativas e patrimônio líquido negativo?
- Quais os riscos específicos desse fundo?
- Qual o aporte mínimo inicial? E os subsequentes, tem algum limite?
- Qual é o prazo para pagamento de resgate?
- As características desse fundo estão em linha com meus objetivos de risco e retorno?
Fique de olho.
Então, vale a sugestão para que você veja as lâminas dos fundos, vasculhe no site de cada um deles.
Fundos na minha opinião, portanto, são boas opções para diversificar.
Pelo atual cenário da economia mundial, é sensato ter a maior parte do seu patrimônio em reserva de valor e caixa.
Mesmo para quem se habituou a investir em fundos, ter a sabedoria de comprar cotas na baixa é o melhor.
Para isso é preciso estar preparado para comprar depois das grandes quedas. Mas, como não é possível prever o momento exato disso acontecer, você precisa ficar de olho e, até lá, manter os seus investimentos de forma a se proteger e ter disponibilidade para investir na hora certa.
Eu estou sempre comentando e compartilhando com você sobre investimentos, bem como a minha visão sobre as oportunidades, você pode me acompanhar:
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Bons investimentos!
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