fundo de renda fixa: vale a pena investir?

Você já ouviu falar do fundo de renda fixa? Através desse investimento, é possível obter bons retornos e acima do CDI!

O fundo de renda fixa é um investimento que funciona como uma carteira composta por diversos títulos e estes podem ser públicos ou privados.

O grande diferencial desse investimento, entre as demais opções de renda fixa, está na flexibilidade que esta carteira apresenta de se adaptar ao mercado.

Através de um fundo de renda fixa, você aplica o seu patrimônio em diversos ativos de uma vez só, sem a necessidade de comprar cada um separadamente.

É um investimento vantajoso, pois reduz os riscos e promove diversificação em sua carteira. Com ele, não há necessidade de aportes mínimos ou outros fatores limitantes que podem atrapalhar o seu início no mundo dos investimentos.

Resumindo, os fundos de renda fixa são investimentos ofertados por instituições financeiras. Por trás desta aplicação, existe alguém especializado, que fica responsável por analisar diariamente a carteira de investimentos e fazer as devidas operações de venda e compra, visando sempre obter os melhores resultados.

Leia o artigo sobre: carteira de investimentos

O que é o fundo de renda fixa?

O fundo de renda fixa é uma carteira de investimentos diversificada, composta por títulos públicos, debêntures, CBDs, LCA/LCI, entre outros títulos.

O fundo de renda fixa costuma ser um investimento previsível e constante. sua lucratividade normalmente acompanha as taxas de juros do mercado, ou os principais índices da inflação.

Em geral, esses fundos são produtos compostos de, no mínimo, 80% de títulos de renda fixa.  Essa é uma boa estratégia para compor a sua carteira, pensando no balanceamento dinâmico.

O controle dessa carteira é feito por um gestor especializado, que pode tanto inserir quanto retirar aplicações, com a finalidade de obter melhor rentabilidade e  a mínima possibilidade de risco.

Os outros 20% da carteira de um fundo de renda fixa, em geral, podem ser compostos por derivativos, e são utilizados para melhorar sua rentabilidade em períodos em que a renda fixa está sofrendo estagnação.

O fundo de renda fixa é uma boa opção para investidores que querem diversificar seus títulos, sem necessariamente ter muito trabalho com isso. 

Vale ressaltar que uma carteira de fundos de renda fixa não pode conter aplicações em ações, moedas estrangeiras ou outras alternativas de renda variável.

A partir da compra, os investidores dos fundos de renda fixa recebem uma remuneração de acordo com a participação de cota que possuem.

Como funciona o fundo de renda fixa?

O fundo de renda fixa funciona da seguinte maneira: o investidor compra uma cota do fundo (o título é dividido em partes). 

O gestor, responsável por gerenciar o fundo, faz a escolha e adquire os ativos. Ele faz isso baseado na política do fundo, que define os tipos de produto que podem compor a carteira. Ou seja, apenas o gestor pode mudar a composição desta aplicação. 

Mas, mesmo que você não possa realizar essas mudanças e ajustes, a cada mês você receberá um relatório da performance do fundo. Esse relatório informará o percentual dos ativos e as alterações realizadas.

Como investidor, você adquire as cotas, faz o acompanhamento dos informativos divulgados e verifica se a rentabilidade está de acordo com seus objetivos.

Os rendimentos do fundo de renda fixa funcionam da seguinte forma: as taxas são distribuídas igualmente entre o número de cotas. Assim, quanto maior for a sua participação nas cotas, maiores serão seus ganhos. 

Quais os tipos de fundos de renda fixa?

Segundo a CVM (Comissão de Valores Mobiliários), de acordo com o prazo, composição da carteira e finalidade, os fundos de renda fixa são classificados, basicamente, em: Simples, Referenciado, da Dívida Externa e de Crédito Privado.

Os dois principais tipos de fundos de renda fixa disponíveis, que são os mais procurados pelos investidores, são os fundos referenciados e os fundos de crédito privado.

Dependendo do tipo de fundo, aplicações serão Títulos do Tesouro, Debêntures, LCs e/ou CDBs.

Fundos referenciados.

São fundos que acompanham analiticamente o desempenho de um determinado indicador ou índice de referência. 

Sendo assim, se você investir em um fundo de renda fixa que tenha como referência a taxa Selic, sua remuneração será muito próxima ao índice dessa taxa.

A carteira de aplicações dos fundos referenciados deve ser composta, sumariamente, por ativos de emissão pública ou privada. Essas emissões acompanham a variação e o desempenho do índice de referência escolhido para esta modalidade.

Outra característica vantajosa desse fundo é a possibilidade de alta liquidez. Caso você solicite um resgate, ele poderá ser feito imediatamente ou, no máximo, em um dia útil.

Por conta dessa característica, os fundos referenciados são considerados conservadores e são uma excelente opção para proteger seu patrimônio e mantê-lo rentabilizando, segundo um índice de referência .

Fundos de Crédito Privado.

Essa categoria é para aqueles investidores dispostos a assumir um pouco mais de riscos, em busca de maior lucratividade. 

Entre os principais títulos privados que podem fazer parte dessa carteira estão os CDBs, debêntures, LCAs, LCIs, entre outros.

O investidor que compra cotas de um fundo de renda fixa, na modalidade de crédito privado, deve estar ciente que estará se expondo a riscos superiores e suscetível à eventual perda de liquidez. Sobre isso vale a leitura do conteúdo “Conheça tudo sobre renda fixa.”

Vantagens de um fundo de renda fixa.

O fundo de renda fixa é um investimento muito prático e fácil de operar, mas suas vantagens vão muito além dessa praticidade. 

O investimento inicial da cota normalmente é baixo, e todo o trabalho de escolha e compra dos ativos, que pode ser bem complicado para um iniciante, fica a cargo do gestor especializado. Confira mais vantagens do fundo de renda fixa a seguir.

Diversificação.

O gestor do fundo de renda fixa trabalha com grandes valores e isso permite que ele negocie melhores prazos, taxas e rentabilidade mais vantajosa para os investimentos da carteira.

Como o gestor trabalha com um alto volume de dinheiro, ele também é capaz de adquirir títulos que nem sempre o investidor individual conseguiria.

Ou seja, o fundo de renda fixa permite uma boa diversificação de papéis com diferentes características, algo que nem sempre é possível ao investidor individual, pois os riscos são altos e cada papel possui um aporte inicial que, na maioria das vezes, é elevado.

Gestão profissional.

Aposto que você lembra daqueles personagens em filmes que trabalham no mercado financeiro, comprando e vendendo ações. Bem, esses são os gestores profissionais.

A experiência que eles possuem os tornam capazes de calcular riscos, entender a volatilidade do mercado e saber a hora certa de comprar ou vender um título, para obter o melhor retorno possível.

Os gestores de fundos são profissionais do mercado financeiro, experientes e treinados para fazer análises mercadológicas. Por isso, conseguem melhorar a performance e rendimento dos seus investimentos.

Mas lembre-se, é importante que você tenha algum conhecimento mínimo do assunto, para não cair nos chamados “cantos da sereia”, isto é, saber identificar se a oferta do fundo é coerente ou se está prometendo o que não pode entregar.

Praticidade.

Não é uma tarefa fácil acompanhar uma carteira de investimentos diversificada. Imagine ter de conferir os índices todos os dias? É bem complicado…

Mas ao aplicar em fundos de renda fixa, você estará simplificando esse acompanhamento e, em apenas um relatório, terá todas as informações de que precisa sobre seus rendimentos.

Além disso, você estará investindo em títulos diversificados sem precisar abrir contas em muitas corretoras ou instituições financeiras. Afinal, o gestor do fundo é quem terá o papel de comprar e vender os títulos.

Liquidez.

Sem dúvidas, uma das grandes vantagens de investir em fundos de renda fixa é a liquidez diária que eles oferecem. Em fundos com resgate em D+0 (a letra “D” significa dia e o número diz respeito aos dias úteis corridos até você receber o dinheiro), sendo possível solicitar um resgate e receber o dinheiro de volta no mesmo dia. 

Isso torna esses fundos uma boa opção para quem deseja construir uma reserva financeira.

Qual taxa de administração paga em um Fundo de Renda Fixa?

Claro que todas essas vantagens não saem de graça. O investidor que decide comprar uma cota em um fundo de investimento deve saber que vai pagar uma taxa administrativa.

Essa taxa é responsável pela remuneração do gestor e serve para cobrir os custos de uma boa gestão. 

Fora a taxa administrativa, existem outros custos envolvidos neste aporte.

O Imposto de Renda (IR) é um deles. A tributação sobre os fundos de renda fixa segue a tabela regressiva de Imposto de Renda, que varia de 22,5% a 15%, dependendo do prazo do investimento, ou seja, quanto maior o tempo investido, menor o imposto a ser pago. 

Outra taxa a qual você deve ter atenção é o imposto come-cotas, recolhido antecipadamente nos meses de maio e novembro.

Agora, caso você precise efetuar um resgate em um período inferior a 30 dias, também será cobrado o Imposto Sobre Operações Financeiras (IOF).

Alguns fundos de renda fixa também costumam cobrar uma taxa de performance em situações pontuais onde a rentabilidade ultrapassa o benchmark proposto. Vale destacar, entretanto, que não são todos os fundos de renda fixa que cobram a taxa de performance.

Por fim, vale lembrar da possibilidade de cobrança de uma taxa de saída.  Essa taxa costuma ser cobrada em situações nas quais o investidor recebe a conveniência de ter o dinheiro disponível, antes do fim prazo de carência estabelecido.

Quando vale a pena investir em um fundo de renda fixa?

Se você é um investidor iniciante e ainda não sabe muito bem como funciona o mercado e não quer correr riscos desnecessários, o fundo de renda fixa pode ser uma excelente opção para você.

Ter uma carteira diversificada é algo que consome muito tempo. Se o seu tempo é curto e sua vida é muito agitada, o fundo de renda fixa também pode ser uma boa escolha.

Este investimento também é indicado para aqueles que estão começando a construir um patrimônio e ainda não têm muitas reservas financeiras. 

O fundo de renda fixa pode ser atrativo para diversos perfis e atende bem a muitos investidores. Tudo que você precisa fazer é analisar seus objetivos e prazos ao investir.

Como investir em fundos de renda fixa?

Cada fundo de renda fixa tem uma maneira de funcionar e regras próprias. Assim,  é preciso analisar quais fundos mais se adequam às suas necessidades e aos seus objetivos pessoais. 

O primeiro passo é entender o seu perfil de investimento e verificar quais os fundos de renda fixa são os mais adequados para você.

Você deve buscar instituições financeiras ou corretoras de confiança para iniciar seus investimentos.

Estude os fundos disponíveis na instituição que você escolheu, sem pressa. Analise o regulamento e seja paciente em sua escolha.

Outro ponto a se estudar é o histórico de performance do fundo escolhido. Fazendo isso, você será capaz de identificar como ele se saiu em momentos de dificuldade no mercado.  E, acredite, esses momentos de crise existem e costumam pegar as pessoas desprevenidas.

Compare o valor da taxa de administração com a rentabilidade obtida pelo fundo.

Não esqueça também, de checar as condições de liquidez e de resgate do fundo, para não ter surpresas desagradáveis.

Feito isso, agora é só investir!

Leia mais sobre: fundos passivos e fundos ativos

Afinal, vale a pena investir em fundos de renda fixa?

O fundo de renda fixa é uma cesta de produtos composta em sua maioria de títulos públicos, e sua rentabilidade é comparada ao CDI.

Este tipo de investimento é indicado para iniciantes e também para aqueles que querem diversificar sua carteira de investimentos, quando ainda não possuem muito patrimônio disponível.

Como existem vários fatores ligados à escolha de um fundo, é necessário que você conheça muito bem seu perfil de investidor e seus objetivos financeiros.

Mas uma coisa é certa: os fundos de renda fixa são ativos interessantes, e que definitivamente, podem ajudar os investidores na construção de um patrimônio financeiro, sejam eles investidores iniciantes ou não.