Conheça tudo sobre renda fixa.
Com tanta informação sobre finanças e investimentos, a cada dia que passa as pessoas estão mais convencidas de que a Poupança não é a única forma de fazer o dinheiro render. Assim, procuram investir em outras modalidades como Renda Fixa e Renda Variável.
É importante que você, investidor, entenda os produtos disponíveis no mercado e as diversas formas de investir.
Sempre estude e fique por dentro das possibilidades. Para que, dessa forma, você possa fazer escolhas conscientes. Além de saber o que realmente está fazendo com o seu dinheiro.
Isso faz com que você invista naquilo que você sente mais segurança. E, conhecer os benefícios, os malefícios e os ganhos.
Afinal, não existe investimento sem algum risco; a questão é saber o que você está fazendo e como se proteger, caso o mercado venha contra você. É saber medir e gerenciar os riscos!
Além disso, um investidor Antifrágil é aquele que tem dinheiro alocado nas duas modalidades de investimento: na Renda Fixa e na Renda Variável.
Neste artigo, vou falar da Renda Fixa e vou contar minha opinião sobre esse tipo de investimento. Em um próximo, falarei da Renda Variável.
Mas, o que é Renda Fixa?
A Renda Fixa é um tipo de investimento cuja forma de cálculo da remuneração é conhecida no momento da aplicação.
O nome Renda Fixa sugere que não haja uma variação, não é bem assim. Deixa eu te explicar. Há dois tipos de Renda Fixa: a pós-fixada e a prefixada.
A variação de um investimento pós-fixado é pequena, porque o preço de um título de Renda Fixa quase não tem volatilidade.
Se dá ao rendimento que está atrelado a algum índice para Renda Fixa do mercado, como a Selic e ou CDI.
Já o título prefixado é aquele em que a taxa de retorno é conhecida desde o momento de sua compra.
Porém, isso faz com que o seu preço tenha uma enorme volatilidade, uma vez que, como a taxa de juros da economia varia, o título também irá variar, acompanhando a economia.
Assim, o seu valor cai todas as vezes que os juros sobem. E, na direção oposta, o preço sobe todas as vezes que a taxa de juros cai.
Isso acontece para que haja uma atratividade para os compradores. De modo que quando os juros caem, eles aceitem uma remuneração menor. Já quando os juros sobem, os investidores aceitem pagar um preço descontado por ele, para garantir um retorno semelhante à nova taxa de juros vigente no mercado.
Com títulos prefixados, você sabe exatamente quanto o seu dinheiro vai render ao fim de um período definido, e isso é ótimo.
Porém, os títulos prefixados variam de preço e você corre o risco de ter prejuízo se tiver a necessidade de vendê-los após uma alta da taxa de juros.
Percebeu as particularidades nas duas modalidades? E não param por aí…
Existem também títulos que chamamos de híbridos ou de rendimentos compostos.
Por exemplo, você pode comprar um título de Renda Fixa atrelado a um indicador de inflação; como o IPCA, e que, além desse rendimento, paga adicionalmente uma taxa prefixada.
Ao comprar esses títulos, os seus investimentos renderão a variação da inflação mais uma taxa predefinida. Isso é ótimo, pois você já sabe quanto será o seu ganho real com o seu título.
E o rendimento pós-fixado será a variação do índice atrelado, que serve para cobrir a perda financeira que o dinheiro sofre todos os anos com a inflação.
Por exemplo, considere um título que pague o IPCA mais 5%. Se no período o IPCA médio for 6% ao ano, o seu rendimento será a combinação dos 6% de inflação somado aos 5% predefinidos, gerando um retorno final de 11% ao ano.
Mas, é interessante perceber que, por possuir uma parte prefixada, os títulos híbridos também podem sofrer perdas se forem vendidos antes do seu vencimento.
Pareceu complicado? Não se preocupe!
Faça mais uma ou duas leituras desses conceitos e eles ficarão claros.
Aí, você não vai mais esquecer deles. E, o mais importante, é que com isso, você estará preparado para fazer escolhas e investimentos em Renda Fixa.
Mais ainda, a aprender a se beneficiar desse ziguezague que você não conhecia.
Por isso, se você não entendeu essa última parte, volte e leia novamente, pois ela é a parte mais importante.
Entendeu agora? Então, vamos seguir com o conteúdo.
Para essas definições apresentadas eu uso a volatilidade:
pós-fixada é a compra de volatilidade e prefixada é a venda de volatilidade.
Então, agora que você aprendeu a diferença entre Renda Fixa prefixada e pós-fixada, e suas características, vamos conhecer um pouco mais sobre produtos no mercado de Renda Fixa.
Portanto, embora a Renda Fixa seja conhecida como o investimento mais conservador das possibilidades de investimento, é teórico dizer que nessa modalidade: “só se perde o dinheiro investido se o país quebrar”.
É o que ouvimos por aí com frequência. Mas como você já descobriu, existem riscos e é preciso gerenciar os fatores que os cercam.
Agora, deixa eu te apresentar alguns produtos para você conhecer mais sobre essa modalidade de investimento.
Quais os tipos de investimentos em Renda Fixa?
Caderneta de Poupança.
A Poupança é o investimento mais popular no Brasil.
As razões principais são porque é muito fácil abrir uma conta poupança.
É um investimento garantido pelo FGC (Fundo Garantidor de Créditos), ela tem liquidez imediata e não tem incidência do Imposto de Renda sobre os rendimentos.
É uma modalidade totalmente conservadora. Mas é, hoje, o rendimento mais baixo de uma aplicação no mercado financeiro.
CDB.
O CDB (Certificado de Depósito Bancário) é um título nominativo, contabilizado em nome de quem aplica, emitido pelos bancos e vendido ao público para captar recursos.
Ao investir nessa modalidade, você empresta o seu dinheiro para um banco que, depois de certo período, devolve para você o valor do empréstimo com juros.
A taxa de remuneração pode ser prefixada ou pós-fixada, mas é determinada no dia da aplicação.
Vale lembrar que o CDB tem a garantia do FGC, que oferece a garantia ordinária de até R$ 250.000,00 para instituições a ele associadas. Sempre confira a lista no site do FGC!
Embora, as suas taxas brutas de rendimento sejam maiores do que as da Poupança, lembre-se de que nessa modalidade você paga Imposto de Renda sobre o rendimento de acordo com a tabela regressiva.
Se o resgate da aplicação for muito próximo do início da aplicação, o rendimento líquido irá cair significativamente, por conta dos impostos e encargos. Por isso, planeje bem antes de fazer uma aplicação nessa modalidade.
LCI e LCA.
As Letras de Crédito são cartas emitidas por instituições financeiras com o objetivo de financiar determinados setores da nossa economia.
O funcionamento delas é simples: os bancos, que detém recursos aplicados pelos investidores, emprestam esses ativos para financiar segmentos econômicos específicos.
São instrumentos autorizados pelo Governo e que possibilitam um financiamento bem peculiar.
No Brasil, as principais e mais ofertadas são para fomentar as atividades do setor imobiliário e do agronegócio, chamadas LCI e LCA.
As Letras de Crédito Imobiliário (LCI) financiam os empréstimos feitos pelas pessoas físicas e jurídicas para construir, comprar, reformar, incorporar imóveis ou outros objetivos que estejam relacionados ao incentivo do setor imobiliário.
As Letras de Crédito do Agronegócio (LCA) provêm recursos para empréstimos relacionados à produção, à comercialização, ao beneficiamento ou à industrialização de produtos e insumos agropecuários.
Além de máquinas e implementos utilizados na atividade agropecuária.
O LCI funciona da mesma forma que o LCA, em relação ao prefixado e pós-fixado, ou seja, você saberá quanto irá receber no final do prazo que determinou.
Quanto à remuneração, no momento da compra você pode escolher entre títulos com rendimentos prefixados ou pós-fixados, normalmente remunerados com base na rentabilidade do CDI.
Um dos principais atrativos dessas letras de crédito é encontrar opções com isenção de Imposto de Renda para pessoas físicas, as chamadas “incentivadas”.
Com isso, a taxa de juros oferecida por esses papéis será líquida e o investidor terá sua rentabilidade final livre de impostos.
Mas é importante lembrar que, embora haja oportunidades nas quais não é cobrado IR, alguns bancos e corretoras cobram taxas de custódia pela emissão.
Isso aumentan os custos para a compra dos títulos, por isso, avalie bem as condições antes de fazer o investimento.
LF.
Letra Financeira é instrumento de captação de recursos exclusivo das instituições financeiras.
É uma ótima opção para quem tem horizonte de longo prazo e tem a certeza de que não precisará do dinheiro antes de dois anos do início da aplicação.
O investimento inicial é alto, de pelo menos R$ 150.000,00. Mas o seu rendimento costuma ser superior ao de títulos concorrentes, como CDB e LCI/LCA, por exemplo.
O rendimento costuma ser pós-fixado, atrelado ao CDI. Mas há também as prefixadas.
Um detalhe é que, diferentemente de outras aplicações, a LF não pode ser negociada antes desses dois anos. Então, você deve tomar muito cuidado, porque não é possível fazer o resgate antes do prazo!
Por conta do prazo mínimo de dois anos, ele sofre a incidência da menor alíquota do Imposto de Renda (15%), o que contribui para uma melhor rentabilidade.
É importante lembrar que a LF não tem a proteção do Fundo Garantidor de Crédito. Por isso, é importante procurar instituições sólidas, com histórico notável, para realizar esse tipo de investimento.
Tesouro Direto.
Assim como os bancos, o Governo também disponibiliza vários títulos para aplicação para pessoas físicas. Acho que todo mundo já ouviu falar em títulos do Tesouro Direto.
Criado em 2002, é um programa que veio para democratizar o acesso aos títulos públicos, pois, permite aplicações a partir de R$ 30,00.
Existem títulos com diferentes tipos de rentabilidade (prefixado ou pós-fixado, atrelado ao IPCA ou à Selic) e prazos de vencimento, o que torna mais fácil escolher e encontrar a melhor opção para cada necessidade.
Além de acessível e de apresentar boa rentabilidade, os títulos têm liquidez diária, sendo a aplicação de menor risco no mercado.
- Conheça os tipos de títulos. Clique aqui.
Letra de Câmbio.
A Letra de Câmbio (LC) é um tipo de investimento que está dentro da modalidade de Renda Fixa.
Mas, ao contrário do que o nome sugere, não tem ligação com negociação de moeda estrangeira.
Nesse investimento, você empresta dinheiro às financeiras, por um determinado período, em troca de uma remuneração por isso.
A remuneração pode ser pós-fixada, atrelada a algum índice (CDI ou IPCA) ou prefixada.
É uma forma das instituições fazerem a captação de recursos financeiros, para então serem emprestados a outra pessoa, tanto jurídica quanto física.
Os prazos médios de investimento variam, mas costumam ser de dois e três anos. Há opções de prazo mais curto, com flexibilidade para retirada, mas oferecem rendimentos menores. E como há incidência de Imposto de Renda pela tabela regressiva, é preciso analisar bem antes de fazer o investimento.
Além de boas opções de rendimento, essa modalidade é coberta pelo FGC, de forma que o seu investimento estará seguro em um valor de até R$ 250.000,00 por CPF e por instituição.
CRA e CRI.
Os Certificados de Recebíveis do Agronegócio (CRA) e os Certificados de Recebíveis Imobiliários (CRI) são títulos de crédito privado, emitidos por securitizadoras, que geram um direito de crédito ao investidor.
São destinados para financiar a atividade agropecuária e a atividade imobiliária, respectivamente.
Embora seja um tipo de investimento destinado, em geral, a investidores qualificados, estão cada vez mais acessíveis aos investidores de todos os perfis.
Quem compra um CRA ou um CRI tem direito a receber uma remuneração do emissor, que é uma empresa que, por sua vez, está captando recursos para financiar projetos de investimento e desenvolvimento em seu ramo de negócio.
A vantagem é que são títulos com isenção de IR para pessoa física no rendimento.
Mas é preciso avaliar com cuidado, pois é uma modalidade de investimento que não conta com a garantia do FGC.
Vantagens e desvantagens.
As vantagens de ter dinheiro aplicado em Renda Fixa são que:
- Você consegue ter rentabilidade, em que seus rendimentos são estáveis e você tem mais ou menos a noção de quanto irá render.
- Nessa modalidade de investimento existe o risco baixo( não vou mentir pra você falando que não existe risco nenhum). Na verdade, aqui o risco é baixo e te dá mais segurança para investir.
Além disso, muitas modalidade aqui tem a garantia do FGC (Fundo Garantidor de Crédito).
- Outra vantagem é a facilidade e acessibilidade, é muito mais investir nesses títulos, não tem complicação, lendo bastante e entendendo o assunto você consegue aplicar facilmente.
- Você consegue, dentro de Renda Fixa, fazer até uma diversificação já que esta possui muitas modalidades.
- Algumas aplicações ainda possuem isenção de imposto de renda. E isso é uma vantagem para os seus investimentos.
Desvantagens:
- Infelizmente, ainda possui algumas taxas, como IR e IOF e ainda a taxa de custódia que incide sobre os investimentos.
- Tempo: Em algumas modalidades citadas acima, é preciso esperar por um período para recolher o dinheiro.
Então, você não pode tirar o dinheiro a qualquer momento. Se você solicitar o resgate antecipado você perde muito dinheiro.
Então, pense a longo prazo o que você fará com esse dinheiro.
Como investir em Renda Fixa?
Como você viu, é possível começar a investir em Renda fixa com menos de R$ 100,00.
Você pode começar pelo mais simples, como o Tesouro que são títulos públicos e o que tem menos risco de investimento.
E esses títulos podem ser emitidos por diversas instituições financeiras, basta você ter conta com alguma corretora. Além disso, você pode aplicar o seu dinheiro em diferentes títulos, não precisa se privar em apenas um.
Viu só quanta coisa existe em Renda Fixa? E isso não é tudo não!
Mas é importante saber que, embora Renda Fixa tenha menos risco do que a Renda Variável, não é verdade que ela está isenta de riscos.
Com relação à Renda Fixa, você supostamente está livre do risco de variação do mercado. Mas, você não está livre do risco de crédito para os títulos pós-fixados.
No mercado financeiro, nem sempre as coisas são aquilo que o nome reflete… Então, você tem que tomar muito cuidado!
Isso não significa que você deve se distanciar dos investimentos. Você deve é estudar muito bem o produto ou a modalidade de interesse, para saber exatamente como as coisas são, com o objetivo de mensurar quais são os riscos e quais são as vantagens.
Um abraço e até a próxima!
Boa tarde Roxo. Excelente artigo, como sempre. Parabéns pelo trabalho.
Uma dúvida: Então quando investimos em renda fixa pós-fixada torcemos para os juros subirem e quando aplicamos em renda fixa prefixada o interesse é que os juros caiam? É isso mesmo?
Obrigado! Abraço.
E aí, tudo bem?
basicamente isso.
Abraços
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