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Dinheiro traz felicidade? 5 dicas sobre dinheiro e felicidade

Eis uma pergunta difícil: o dinheiro traz felicidade?

Como diz Woddy Allen:

“O dinheiro não traz felicidade, mas provoca uma sensação tão parecida que é necessário um especialista para verificar a diferença.”

Woddy Alen

Em outras palavras, não ter dinheiro é não ter acesso e liberdade; sem dizer que é complicado ter calma e manter o equilíbrio emocional quando lhe falta dinheiro.

Em suma, não que não se possa ser feliz sem dinheiro, mas certamente a sua ausência se não impede, ao menos dificulta experimentar a felicidade. Então é importante fazer o dinheiro ser nosso aliado e não inimigo.

E você sabe por que a falta do dinheiro é capaz de nos desequilibrar?

A seguir, vamos entender um pouco mais como problemas relacionados ao dinheiro podem nos fazer sofrer e como sair desta situação.

Medo de ficar pobre

Em primeiro lugar, um dos maiores medos medo das pessoas é a miséria. Ninguém quer ser pobre.

Como disse o carnavalesco Joãozinho Trinta: “O povo gosta de luxo. Quem gosta de miséria é intelectual”. O que é engraçado e verdadeiro.

É claro que fazer qualquer coisa por dinheiro, ser egoísta e fazer mal aos outros, é inaceitável. Mas, sem maiores discussões, é melhor ter dinheiro do que não ter.

Daí o primeiro medo que temos que enfrentar: a Peniafobia. Sabe o que isso? É o medo de ficar pobre.

A POBREZA é a incapacidade de suprir as necessidades mais simples da vida cotidiana. Como, por exemplo, alimentação, vestuário, alojamento e cuidados de saúde. Em outras palavras, é a carência dos bens e serviços essenciais.

Este medo é tão real que a psicologia sugere que ele pode resultar em sintomas físicos, como por exemplo tremores, suor frio, dor de cabeça, náuseas, tonturas, síndrome do pânico e batimentos cardíacos acelerados.

O único modo de se livrar desse medo é fazendo uma reserva financeira.

Não ter certeza sobre o dia de amanhã

Além disso, outro problema atual é a Ansiedade, isto é, o medo provocado pela antecipação de uma situação de sofrimento.

A ansiedade é causada por algo que pode parecer óbvio, mas, que é real: por mais que tentemos programar o futuro, não temos certeza do dia de amanhã.

Por isso nossa mente não descansa por um minuto: O que faço da minha vida? O que estudar? Onde trabalhar? Abro um negócio ou acho um emprego? E se nada der certo?

Tentar controlar a ansiedade e focar nas ações é muito importante. E, como vimos, muitas das inseguranças do futuro estão relacionadas com a falta de dinheiro. E, novamente, a única solução para esta preocupação constante é: Ter uma reserva de dinheiro!

Perder autonomia/dependência

O dinheiro é liberdade!

Imagine essa situação:

Você não tem nenhuma reserva financeira e o dinheiro que ganha é gasto nas despesas mensais.

Pense agora que o telhado da sua casa começa a cair ou estoura um cano na sua cozinha.

O que fazer? O que vai acontecer? Você terá que fazer uma obra e advinha…vai gastar um monte de dinheiro. E isso não é raro, a vida é cheia de contratempos.

E se não tem dinheiro para os gastos da obra a sua única alternativa será fazer um empréstimo.

Ninguém gosta de ficar devendo para um amigo ou para o cunhado. Costuma dar confusão. E dever para o Banco, então, com os juros estratosféricos, certamente vai te colocar em uma situação de extrema fragilidade.

Numa situação dessas não há pra onde correr! E sabe qual é a razão deste dilema? A falta de autonomia como consequência da falta de uma reserva financeira.

Esta é uma cruel realidade…o dinheiro pode não trazer a felicidade, mas, acima de tudo, separa as pessoas autônomas, que conseguem colocar em prática os seus projetos, daquelas que ficam dependentes.

Então, novamente a única alternativa é fazer sacríficos diários em prol da formação de uma reserva financeira.

Não precisa ter muito dinheiro, mas o necessário para não ter que se preocupar com ele.

Quando a exceção vira regra

Na mesma linha, outro grande inimigo da formação de uma reserva são os contratempos, os “eventos imprevistos”.

Podemos classificar esses imprevistos, que impedem a pessoa de guardar dinheiro, como um inimigo interno ou externo.

Às vezes o imprevisto é, de fato, um imprevisto, aí podemos defini-lo como “inimigo externo”.

Outras vezes era uma coisa óbvia, mas que não planejamos. Um típico “inimigo interno”, criado por nós mesmos.

Resumindo, é como a pessoa que em dezembro se desespera com os gastos de Natal e final de ano. E entra em “parafuso” pensando em como vai pagar as contas do começo de ano, como por exemplo IPTU, IPVA, matrícula escolar, etc.

Esse tipo de evento não é um “imprevisto”. Eles aconteceram no ano passado, acontecerão neste ano, no ano seguinte e, certamente no próximo também.

Portanto, não “tem desculpa” para aquele que não se planejou para esses eventos financeiros.

Mas, há os imprevistos reais. Mesmo pessoas que se planejam acabam se deparando com situações em que as coisas não saem como imaginadas.

Um gasto inesperado, a tal obra em casa, por aí vai…

Então todo planejamento, financeiro, deve prever uma margem que dê alguma flexibilidade.É o que nos permite permanecer “no rumo” mesmo quando coisas inesperadas acontecem.

Não se divertir, não ter lazer e não poder viajar

imagem representando a solidão de não curtir os momentos da vida

Outro grande sofrimento causado pela falta de dinheiro é não poder realizar viagens bacanas. Um dos maiores prazeres do ser humano.

Viajar é muito legal e faz um bem danado. A psicologia explica que viajar pode fazer muito bem à saúde, aumentar os níveis de felicidade e tira as pessoas da rotina.

Como diz Mário Quintana: “viajar é trocar a roupa da alma”.

Mas, qualquer viagem, mesmo a mais simples, custa dinheiro.

No entanto, gastos com viagens não costumam estar nos planos. Logo, para que sejam possíveis estes gastos extras mais uma vez temos que juntar dinheiro.

O raciocínio feito para a viagem vale para qualquer outro programa de lazer. Eles são fundamentais para a vida, mas, serão ainda melhores se você tiver dinheiro.

Sempre voltamos ao mesmo ponto: é muito importante ter uma reserva de dinheiro.

Ok, estamos de acordo. A pergunta é “Como fazer uma reserva de dinheiro”?

Quer saber como? Então siga em frente. Chegaremos lá!

Padrão de gastos

Grande parte dos “problemas financeiros” são problemas de comportamento cujas consequências são financeiras. São os “falsos problemas financeiros”.

As vezes a situação financeira difícil é também um problema de tentar lutar contra a matemática, pura e simplesmente.

Acima de tudo, não é possível gastar mais dinheiro do que se ganha e ainda assim “sobrar dinheiro”.

Talvez seja uma das coisas mais óbvias da gestão financeira: Para fazer uma reserva financeira, precisa sobrar dinheiro; e para sobrar dinheiro, é preciso se gastar menos do que se ganha.

É um conceito de entendimento extremamente simples, mas a execução não é tão fácil assim.

Temos uma tendência natural de buscar a gratificação imediata. Além disso vivemos num mundo cheio de estímulos e pressões para gastarmos nosso dinheiro mais com “desejos” do que com “necessidades”.

O fato é que grande parte das pessoas que alegam não ter condições de formar uma reserva financeira tem dificuldade não por ganhar pouco, mas por terem um padrão de consumo acima da sua realidade.

Em outras palavras, gastos superiores às receitas não permitem a sobra de dinheiro.

 A “pressão social”

pressão social

Viver de forma regrada é uma coisa antinatural para nós, seres humanos. Somos orientados para o curto prazo – é uma herança de nossos antepassados do período Paleolítico.

A vida naquela época era “um dia de cada vez” e não havia preocupação com o longo prazo. “Longo prazo” é um conceito novo. Ou seja, se pudermos gastar agora, faremos.

Além da nossa natureza não ajudar, ainda por cima temos todo tipo de estímulo nos forçando a gastar dinheiro, com coisas inúteis, supérfluas e que nada acrescentarão à nossa qualidade de vida.

Em outras palavras, a pressão social é enorme, começando com as propagandas o tempo todo nos bombardeando dizendo que algo “falta” em nós e que só seremos completos se usarmos as roupas da marca “X”, dirigirmos o carro “Y” e frequentarmos o restaurante “Z”.

Além disso, a pressão não vem apenas das propagandas. Vem também de nossos círculos sociais mais próximos, como por exemplo amigos e parentes.

Presentear virou demonstração de afeto. Frequentar lugares caros se tornou uma demonstração de estar integrado a certo grupo social.

Comer num lugar incrível é muito bom mas, não faz nenhum sentido se para isso você gastar o dinheiro “do leite”.

Muitas pessoas, mesmo não tendo capacidade financeira, seguem jogando o “jogo das aparências” e cedendo às pressões sociais.

E são pressões que não param de aumentar – a cada dia se cria uma nova data comemorativa: Dia da Sogra, Dia do Amante, Dia do Bicho de Estimação e por ai vai.

Tudo isso, em suma, gera o ciclo já conhecido, que começa com o “não conseguir formar reserva”, evoluindo para a dilapidação do patrimônio e o endividamento.

Nem tudo é “guardar dinheiro”

No fim, o que define a situação financeira de uma pessoa é mais a forma como ela gasta do que o quanto ganha (as receitas). Entretanto, não se iluda, as receitas também são muito importantes.

Algumas pessoas não fazem os investimentos e as ações necessárias para aumentar as receitas no tempo.

Elas costumam passar por fases e eventos da vida, como sair da casa dos pais, constituir a própria família, ter filhos.

Tudo isso implica no aumento das despesas, que precisa ser acompanhado de um aumento de receitas correspondente. E de preferência maior.

Uma estagnação das receitas, ainda mais com despesas crescentes impede a formação de uma reserva financeira, e pode levar ao endividamento.

A pergunta é: como fazer para começar a formar minha reserva financeira? Vamos lá…conheça as 5 dicas que vão fazer você virar o jogo!

5 dicas práticas para você construir uma reserva financeira

1) Gaste com sabedoria

Gastar com sabedoria requer conhecimento e pesquisa. Por meio das pesquisas você poderá economizar muito. Por exemplo, usando bem as épocas do ano.

O inverno é a época dos abacates, e eles chegam a custar R$ 2,50 por quilo no auge da colheita.  Enquanto isso no verão os abacates custam R$ 12,00 o quilo. Comprar na época certa é um ótimo negócio.

Então na época dos abacates não compre kiwis. É a velha lei da oferta e da demanda ajudando a fazer mais com menos.

Usando a mesma lógica tire férias na baixa estação e compre com antecedência. Os gastos serão menores e o conforto é garantido.

Aproveite para comprar roupas nas promoções depois do natal e compre só o que realmente precisa e vai usar. Em outras palavras pergunte-se: eu preciso ou simplesmente eu quero?

2) Livre-se de dívidas

saia das dividas

A maior dica que a Zen pode te oferecer é: NÃO tenha dívidas, e se tiver, livre-se delas.

Corte os gastos desnecessários, reduza suas despesas, tenha uma vida sustentável e equilibrada, não gaste mais do que ganha e definitivamente não faça dívidas!

Deixe de realizar compras parceladas e passe a viver com o dinheiro que você tem. Compre tudo à vista! Se não tiver dinheiro, não compre!

Como diz o pensador econômico Nassin Taleb: “A dívida é o objeto mais fragilizante da vida de uma pessoa.”

Quem possui uma dívida, se torna escravo dessa dívida, para ele não há liberdade de escolhas e nem espaços para contratempo.

O endividado precisa que as coisas deem certo no futuro para que ele consiga pagar sua dívida. Ele conta com o ovo antes mesmo que a galinha o ponha.

Imagine que você fez faculdade usando credito e agora possui uma dívida. E ao chegar no marcado de trabalho a sua única opção é numa empresa de agrotóxico. Para você não há alternativa, você vai ter que aceitar mesmo que lhe pareça errado.

Esse é o segredo para se viver bem e em paz com a vida financeira. Viver com pouco e não possuir dividas fará você descobrir que não há nenhum problema nisso. O que lhe garantirá a prosperidade.

3) Controle as suas finanças

Você já passou pela situação de estar no começo do mês e o dinheiro já ter acabado. E, muitas vezes perguntamos: Para onde foi o meu dinheiro? Recebi e não lembro com o que gastei!

Isso nos faz ficar tristes e desesperados. Em outras palavras, ficar sem dinheiro não é motivo para alegrias. O que fazer então?

É simples. Basta controlar os seus gastos e seus ganhos. Como no ditado: “Conte seus tostões, e você chega aos milhões”.

Em primeiro lugar organize os seus gastos em listas e risque aquilo que você não precisa ou pode deixar para depois.

Não sabe ou acha chato montar planilhas ou fazer listas? Hoje, existem diversos aplicativos que fazem isso por você. É só informar as categorias e valores. Pronto!

Usar um aplicativo certamente irá te ajudar a controlar melhor seus gastos e ter uma reserva no final do mês, já que você saberá realmente para onde está indo o dinheiro.

Você vai perceber que, fazendo um controle das suas finanças, o restante das coisas irá fluir. E após um período o controle se tornara cada vez mais fácil e natural.

Você não ficará tão preocupado como antes e então poderá viver de maneira mais plena. Ter um controle das suas finanças com certeza é um ótimo negócio na luta diária para se organizar e alcançar o equilíbrio.

4) Use a tecnologia compartilhada para poupar

dinheiro traz felicidade

Estamos na época da economia compartilhada e isso pode te ajudar muito, se você souber como.

O avanço da tecnologia nos permite ter sistemas online complexos, capazes de gerenciar milhões de usuários, na palma das nossas mão.

Hoje, podemos usar um monte de coisas, sem precisar compra-las. Isso é revolucionário e pode te ajudar a diminuir muito seus gastos.

Comece vendendo o seu carro. Com um serviço como o Uber, não vale mais a pena termos um carro. A não ser que você rode mais de 50 quilômetros.

Tem um quarto sobrando? Alugue para alguém de modo seguro. Não quer mais pagar aluguel vá morar com alguém.

Em suma, tudo hoje pode ser alugado e compartilhado. Usar eficientemente esses serviços pode fazer a diferença entre fechar o mês no vermelho ou ter a tão sonhada reserva financeira. Um verdadeiro calmante nos dias atuais.

 5) Tenha disciplina ao gastar

O sonho de muitas pessoas é ficar rica da noite para o dia. Ganhar na loteria, poder comprar tudo.  Elas vivem de sonhos, vinculando sua felicidade a um dinheiro imaginário.

Essas pessoas sonham com um futuro melhor, mas para isso contam com um milagre no lugar de fazer o possível com o que possuem hoje.

Você tem disciplina com o dinheiro que ganha hoje? Você faz seu dinheiro durar bastante? Tem um controle dos gastos? Consegue poupar ou o dinheiro some da sua carteira do dia para a noite?

Ganhar uma bolada magica não depende de você. Entretanto, ter disciplina ao gastar é uma das poucas coisas que só depende de você.

A disciplina, funciona da seguinte forma: quanto mais você pratica e melhora suas técnicas mais isso se torna algo natural. Em algum momento se controlar deixa de ser um sofrimento.

CONCLUSÃO

Em conclusão, administrando melhor o seu dinheiro, fazendo listas, diminuindo gastos supérfluos e eliminando as dívidas, te impulsiona em direção a liberdade que só a disciplina traz.

Você se lembra do legião Urbana? Disciplina é liberdade.

O importante é, pouco a pouco, manter o ritmo e ir seguindo as dicas, focando no seu objetivo, tornando-se uma pessoa rica e equilibrada.

Seus sofrimentos e frustrações irão cessar e a felicidade será apenas uma consequência.

Luiz Fernando Roxo

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