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representa o nome CRI e CRA

CRI e CRA: saiba sobre esses investimentos

Muitos gostam de investir em renda fixa, porque é uma forma de correr menos riscos.

No mercado brasileiro, há diversas alternativas para essa modalidade de investimento, como os CDBs, LCIs, LCAs e o Tesouro Direto.

Também há opções que são desconhecidas por muitos investidores. Dois bons exemplos são o CRI e CRA.

Essas siglas podem fazer você pensar em outros assuntos diferentes de aplicações financeiras. Porém, recomendo obter mais dados sobre esses dois investimentos em renda fixa.

Afinal, eles têm conquistado um espaço maior no mercado, principalmente, no caso dos investidores qualificados.

Neste artigo, vou apresentar informações sobre o CRI e o CRA, para você entender como funciona esse investimento. Confira!  

CRI e CRA: o que é?

De forma direta, o CRI significa Certificado de Recebível Imobiliário. Já o CRA consiste no Certificado de Recebível do Agronegócio. Como já falei neste artigo, ambos são investimentos em renda fixa.

O primeiro está ligado ao setor imobiliário, enquanto o outro é destinado ao agronegócio. Os dois são, normalmente, adotados por investidores qualificados, que têm grande volume e recursos aplicados no mercado financeiro.

Vale ressaltar que o CRI e CRA são emitidos somente por securitizadoras. Esse é um detalhe que não pode passar despercebido em hipótese alguma.

Também destaco que o CRI e CRA oferecem uma rentabilidade diferenciada se compararmos com outros ativos de renda fixa.

No caso das instituições, as duas modalidades de investimento são úteis para captar recursos de investidores para financiar os segmentos imobiliário e do agronegócio.

o que é securitização de CRI e CRA?

A securitização de um CRI consiste na transformação das dívidas de compradores e financiadores de um imóvel na planta em valores imobiliários.

Assim, é possível comercializá-los de forma livre entre os investidores. Essa atividade segue a Lei 9514/97, que permite às companhias securitizadoras de recebíveis imobiliários, a emitir o CRI.

Essa legislação também libera as instituições securitizadoras a adquirir e a vender os Certificados de Recebíveis Imobiliários.

As regras são idênticas para o Certificado de Recebíveis do Agronegócio (CRA), porém o investimento engloba títulos relacionados com a produção agrícola.

Ao investir no CRI e CRA por meio de uma corretora de valores, você tem a opção de aplicar em outras alternativas para ter bons rendimentos no futuro.

como funcionam o CRI e CRA?

Para investir no CRI e CRA, é necessário fazer uma operação que envolva credor e devedor, respectivamente, nos segmentos do mercado imobiliário e do agronegócio.

Imagine que você pegou um financiamento imobiliário, mas o credor optou por não esperar receber os pagamentos mensais combinados no início da operação e pretende ter os valores à vista o mais rápido possível.

Nessa situação, o credor deve procurar uma companhia securitizadora, que vai comprar o crédito e dará o valor à vista para o investidor.

Depois dessa fase, o mercado financeiro, com o apoio de instituições financeiras (corretoras etc.), distribui o produto de investimento, cuja aquisição é feita por outros investidores.

Os que compram um CRI ou um CRA recebem uma remuneração estabelecida no ato de montagem da operação. Em geral, são adotados prazos mais longos para o recebimento do dinheiro proveniente dessas aplicações.

conheça a barreira de entrada para CRI e CRA.

Recomendo você ficar atento ao optar por esses investimentos, pois há duas barreiras que podem atrapalhar os seus planos com essas aplicações.

Uma delas é que os alguns títulos estão disponíveis apenas para investidores qualificados. Eles são os que já aplicaram mais de R$ 1 milhão no mercado financeiro.

Outro fator que pode inibi-lo é o fato de o investimento mínimo variar entrar R$ R$ 1.000 e R$ 5.000, embora haja exceções.

Esses dois aspectos deixam o CRI e CRA mais direcionados a pessoas com maior poder aquisitivo e com mais experiência na área de investimentos financeiros.

Normalmente, essas aplicações não são feitas por investidores inexperientes e com pouco conhecimento do mercado.

como é a rentabilidade.

É possível obter a remuneração do CRI e CRA de várias maneiras.

O investidor pode ter o retorno do investimento pelo percentual do CDI, havendo uma combinação entre CDI + spread, considerando índices de preços (IGP-M, IPCA etc.) ou pelas taxas prefixadas.

Você deve observar o cenário econômico para verificar a melhor remuneração dessas modalidades de investimento. É importante avaliar o contexto do mercado por meio das projeções de juros e inflação, por exemplo.

É interessante optar por uma remuneração de CRI e CRA alinhada ao CDI quando há estimativas de que haverá um aumento da taxa de juros Selic futuramente.

As remunerações prefixadas são mais indicadas em cenários em que a taxa Selic deve apresentar uma queda futura ou manter o patamar atual em médio e longo prazo.

Nesse caso, a rentabilidade será informada ao investidor na hora que aplicar o dinheiro.

tributação: como é feita?

Para quem investem em CRI e CRA, eu tenho uma boa notícia: as duas aplicações são isentas de Imposto de Renda.

Se você está investindo como pessoa física, não precisa se preocupar com o pagamento do IR.

No caso das pessoas jurídicas, é preciso pagar o Imposto de Renda que segue um padrão para os ativos de renda fixa.

A tributação pode ficar em uma taxa que vai de 15% a 22,5%. Essa variação depende do tempo em que o dinheiro ficará aplicado.

conheça as vantagens.

Se pretende investir como pessoas física, já sabe que a isenção de IR é um dos benefícios do CRI e CRA.

Felizmente, há também outras vantagens de se optar por essas aplicações, que vou detalhar a seguir.

É importante você prestar bastante atenção nisso, porque é uma forma de verificar se vale a pena ou não apostar nessas modalidades de investimento.

Acompanhe!   

acessibilidade.

No passado, o CRI e CRA eram disponíveis no mercado financeiro somente para os que podiam fazer aportes iniciais muito altos. Isso dificultava bastante o interesse dos investidores com menor poder aquisitivo. 

Felizmente, essa situação vem mudando. Hoje, é muito mais simples aplicar no CRI e CRA. Isso acontece porque ambos estão disponíveis por valores mais em conta no mercado.

liquidez.

Os investimentos em CRI e CRA apresentam uma liquidez interessante no mercado secundário. Nele, é viável fazer a troca de títulos e ativos financeiros.

Caso tenha dinheiro aplicado em uma dessas modalidades de investimento, é possível vender o título no mercado secundário. Isso facilita transformar o valor investido em dinheiro rapidamente.

fique atento aos riscos.

Embora seja muito rentável e atraente, o investimento em CRI e CRA exige cuidados, já pensou nisso antes?

Para você ter sucesso com essa aplicação, vou apontar alguns riscos que envolvem a liquidez e a segurança.

Sempre gosto de mencionar que esses ativos são fornecidos por uma securitizadora e não por um banco. Por esse motivo, não são protegidos pelo Fundo Garantidor de Crédito (FGC).

Além disso, o retorno do investimento tem ligação direta com a adimplência dos clientes dos que detém os CRIs e CRAs.

Mesmo assim, investidor tem garantias que podem cobrir de duas a três vezes o valor da dívida. Outro ponto positivo é que a legislação brasileira obriga a securitizadora a quitar os débitos com as pessoas físicas.

Com relação ao CRI, a garantia a ser utilizada é, em alguns casos, o imóvel securitizado. Também é viável usar a safra como garantia do pagamento da dívida do CRA. Esse procedimento diminui o risco da aplicação.

Outro detalhe importante é o fato desse investimento ser de longo prazo. Por isso, é fácil localizar aplicações que apresentam um vencimento superior a cinco anos.

É viável, inclusive, identificar ativos com vencimento maior do que 10 anos. Esse fator mostra que o investidor precisa diversificar as aplicações para não ficar dependente do CRI e CRA, caso queira ter dinheiro em curto prazo.

Também é importante apontar que esse investimento não conta com um mercado secundário bastante rico. Se o investidor desejar vender o título antes do vencimento, terá problemas em virtude da ausência de compradores.  

acompanhe a rating.

Embora não seja obrigatório, os títulos de CRI e CRA podem ser analisados por uma agência de rating, sabia? Essas instituições analisam cada investimento e estabelecem parâmetros que podem ir de D até AAA.

Quanto mais perto estiver de AAA, menor é o risco enfrentado. Por outro lado, recomendo você não se esquecer de que à medida que a liquidez é reduzida e mais perigoso o investimento, maior é a rentabilidade.  

Um CRA, por exemplo, tem uma avaliação AAA e apresenta 90% do CDI. Por outro lado, um título BBB tem 95% do CDI. Nesse caso, você pode arriscar na segunda opção para ter maior retorno.

Sempre gosto de mencionar que a recuperação do investimento tem ligação direta com a adimplência dos clientes das instituições que fazem a securitização de crédito. Então, recomendo analisar as alternativas para investir com mais segurança.

 avalie a orientação profissional.

Se ficou interessado em aplicar no CRI e CRA, tenha uma conta em uma corretora ou agência bancária. É necessário ainda ficar atento aos requisitos mínimos para aplicar nessas modalidades.

Para não ter problemas ao investir, é bom contar com o apoio de um assessor de investimentos.

Esse profissional costuma ter experiência no mercado e analisa, com critério, os riscos envolvidos em cada investimento. Além disso, aplica os recursos financeiros considerando o perfil do cliente.

Com esse suporte, as probabilidades de obter um rendimento expressivo aumentam de forma considerável.

Se você tem muita vontade de aplicar em CRI e CRA, sugiro que contrate um especialista no mercado financeiro.  

Letras de Crédito versus Certificado de Recebíveis

No começo do texto abordei que os CRI e CRA são semelhantes com LCI e LCA. Afinal, essas aplicações estão ligadas, respectivamente, ao setor imobiliário e ao agronegócio.

Outra semelhança é que essas modalidades têm boas rentabilidades e não são alcançadas pelo Imposto de Renda. Por outro lado, existem diferenças entre elas que merecem ser apontadas.

A LCI e a LCA são emitidas e distribuídas por instituições bancárias e por corretoras de valores. Já o CRI e CRA tem uma dinâmica diferente, pois são emitidos por empresas, mas são negociados por securitizadoras.

Outra diferença marcante é a cobrança de IOF nas operações que envolvem LCI ou LCA. Dessa forma, esses investimentos têm essa tributação, caso o resgate seja feito antes de completar 30 dias de aplicação. É um custo que não pode ser ignorado.

As Letras de Crédito têm a proteção do FGC. Isso já não acontece com o CRI e CRA.

São muitas variáveis que devem ser levadas em consideração na hora de aplicar o seu dinheiro nessas modalidades de renda fixa.

Com um bom apoio profissional, acredito que você terá condições de obter excelentes rendimentos. Para isso, considerado essencial que saiba diversificar os investimentos para aumentar os ganhos.

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Luiz Fernando Roxo

2 comentários

  • Bom dia, adquiri o curso estrategia do pozinho e ao fechar o negocio não observei que o pagamento em 12 parcelas tinha juros, fato que deveria estar bem explicito.
    Procuri telefone ou email em diversas paginas e não encontrei .
    Espero que esse canal chegue ao destino certo.
    Quero cancelar a forma de pagamento com juros e fazer sem juros

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